PROSA PARA PENSAR NOS SEGREDOS DA ALMA
Lembremo-nos que por vezes,
necessitamos de dizer,
ainda que por metáforas e
parábolas - assim sem se constranger -
o que nos é segredo da alma.
O intransigível existe e se contrapõe
ao nosso campo de emoções positivas,
Umas superáveis, outras nos justapõe
com o objeto do amor que se foi.
As pessoas que mais amamos - às vezes achamos - que são as que mais nos decepcionam nos causam espanto ou surpreendem - por julgarmos que são, ou deveriam ser passivas - e esquecemo-nos fragorosamente que são humanas e clamam por ser livres.
Que não, como nós mesmos, suportam indefinidamente a prisão de anular-se perante o mundo, nos subterrâneos de uma vida secreta, um doublé de si mesmas.
E nisso somos inquietos, imediatistas, egocêntricos e incompreensíveis, na maioria das vezes.
Em estudo de causas, se verifica que os desenlaces afetivos
recaem sobre esse fato: de partirmos do princípio que (nós) somos produtos acabados, protótipos aos demais semelhantes, e que
(os outros) nos façam felizes, quando quisermos, e não quando eles necessitarem ter sido também feitos felizes.
É isto que escapa aos relacionamentos afetivos e
os dentes da engrenagem emocional não se encaixam.
Porém a vida é paradoxal, como fosse experimental. E calculo que realmente seja. Mormente no campo passional.
Nesse entendimento - é a inquietação do amor que em secreto - dá ao universo o movimento em revolução, antes de ser analisado como força avassaladora mormente quando amamos em segredo, como algo autoimune que nasceu conosco.
É essa vertigem do amor que faz girar os mundos e nos confundir como atormentados na inquisição do erro ou pecado à busca ardorosa de nossa paixão, acalentada nas penumbras subcorpóreas da profundeza da mente e coração.
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Destarte toda perfídia do mundo, imaginamos ainda: se pudéssemos...
Ah, se assim pudéssemos... retroagir todas as voltas da espiral do tempo e reencontrar nosso grande amor, isento de culpas,
como um dia surgimos os dois,
E reiniciarmos a contar as estrelas do ponto onde paramos...
No silêncio da noite, a neblina nos evolvendo, a lua viajando serena entre nuvens rendilhadas no céu polvilhado em pó de prata.
Tu a buscares abrigo e calor nos meus braços.
Estava tão fria a noite...
E ao longe alguém talvez amando como nós,
sofrendo a ausência de seu secreto amor
- ao som de um violino cantava –no silêncio absoluto da noite –
esta canção:
Queima no deserto o inclemente Sol,
Iluminando mais um dos dias esvaídos
Entre dunas e planuras intermináveis...
Já minh’alma queima a última chama
A clamar-te sob um céu de estrelas.
Solidão! Meu horizonte é o vasto mundo,
A levar consigo meus sonhos e queixas,
Flano asas em busca de tua imagem
Viva, sobre a aridez deste meu corpo.
Teu perfume, flagrante lembrança reserva,
E do cansado lamento eu faço segredo.
Tu serás meu refrigério, meu encanto,
Meu celestial poema no tórrido deserto.
Meu oásis; rainha de soberana calma,
Sombra de tamareiras, para a minh’alma!
Lembremo-nos que por vezes,
necessitamos de dizer,
ainda que por metáforas e
parábolas - assim sem se constranger -
o que nos é segredo da alma.
O intransigível existe e se contrapõe
ao nosso campo de emoções positivas,
Umas superáveis, outras nos justapõe
com o objeto do amor que se foi.
As pessoas que mais amamos - às vezes achamos - que são as que mais nos decepcionam nos causam espanto ou surpreendem - por julgarmos que são, ou deveriam ser passivas - e esquecemo-nos fragorosamente que são humanas e clamam por ser livres.
Que não, como nós mesmos, suportam indefinidamente a prisão de anular-se perante o mundo, nos subterrâneos de uma vida secreta, um doublé de si mesmas.
E nisso somos inquietos, imediatistas, egocêntricos e incompreensíveis, na maioria das vezes.
Em estudo de causas, se verifica que os desenlaces afetivos
recaem sobre esse fato: de partirmos do princípio que (nós) somos produtos acabados, protótipos aos demais semelhantes, e que
(os outros) nos façam felizes, quando quisermos, e não quando eles necessitarem ter sido também feitos felizes.
É isto que escapa aos relacionamentos afetivos e
os dentes da engrenagem emocional não se encaixam.
Porém a vida é paradoxal, como fosse experimental. E calculo que realmente seja. Mormente no campo passional.
Nesse entendimento - é a inquietação do amor que em secreto - dá ao universo o movimento em revolução, antes de ser analisado como força avassaladora mormente quando amamos em segredo, como algo autoimune que nasceu conosco.
É essa vertigem do amor que faz girar os mundos e nos confundir como atormentados na inquisição do erro ou pecado à busca ardorosa de nossa paixão, acalentada nas penumbras subcorpóreas da profundeza da mente e coração.
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Destarte toda perfídia do mundo, imaginamos ainda: se pudéssemos...
Ah, se assim pudéssemos... retroagir todas as voltas da espiral do tempo e reencontrar nosso grande amor, isento de culpas,
como um dia surgimos os dois,
E reiniciarmos a contar as estrelas do ponto onde paramos...
No silêncio da noite, a neblina nos evolvendo, a lua viajando serena entre nuvens rendilhadas no céu polvilhado em pó de prata.
Tu a buscares abrigo e calor nos meus braços.
Estava tão fria a noite...
E ao longe alguém talvez amando como nós,
sofrendo a ausência de seu secreto amor
- ao som de um violino cantava –no silêncio absoluto da noite –
esta canção:
Queima no deserto o inclemente Sol,
Iluminando mais um dos dias esvaídos
Entre dunas e planuras intermináveis...
Já minh’alma queima a última chama
A clamar-te sob um céu de estrelas.
Solidão! Meu horizonte é o vasto mundo,
A levar consigo meus sonhos e queixas,
Flano asas em busca de tua imagem
Viva, sobre a aridez deste meu corpo.
Teu perfume, flagrante lembrança reserva,
E do cansado lamento eu faço segredo.
Tu serás meu refrigério, meu encanto,
Meu celestial poema no tórrido deserto.
Meu oásis; rainha de soberana calma,
Sombra de tamareiras, para a minh’alma!
HOMENAGEM DO PEAPAZ, PELA COMISSÃO JULGADORA DE ESCRITORES VIRTUAIS À PROSA:
PROSA PARA PENSAR NOS SEGREDOS DA ALMA
[DE MAURO MARTINS SANTOS]
PROSA PARA PENSAR NOS SEGREDOS DA ALMA
[DE MAURO MARTINS SANTOS]