Câmara IV
...sobrevoam e repousam espectros nas palavras respiradas de ventos boreais, estrelas de tantas facetas, resvalo para o resgate que é agora o onde de ser ágora, poço de árvore na eternidade, como que fosse maternidade, caem para o voo de muito tempo luz, a palavra que asa abriga e silencia vozes em balbúrdia e alvoroço, falam cidades inteiras famintas vorazes, levantam em tropa de ruínas e se deslocam dos umbrais de mármore madeira - e carne - meus (verdes) ombros suas lágrimas. me pesam ferida e dolorosamente suas mãos em minhas teias frágeis, seguram-se como se eu suportasse, chamam às asas duras ruflando o pescoço e na nuca, me bicam os corvos. larva de lêmure cavando sombra, nascendo pedras e sol de flores a cobrir fisionomias no calendário solar pendurado nas lápides fincadas no chão âmbar da casa, nos portais da pirâmide de luz e nas janelas vitrais...