Garras da ilusão






O sempre é o agora, o depois não me pertence       
O meu vazio eu mesma preencho
Para meu medo estremeço dentro dele adormeço
Encontro alegria no palhaço, beijo a criança que vem
Correndo para um abraço
Saber que tudo está bem, depende de quem?
O meu mundo não desmorona ,,,

Deixei de depender do outro para sobreviver
Para os imprevistos peço dois segundos
Respiro inspiro para me recompor, sigo 
enfrentando o problema de frente vou aprender.
Não espere ser amado para poder amar
siga o ciclo do tempo ame a seu modo.

Dê evasão a sua paixão 
que aponta mil entre milhões de portas fechadas, 
uma dessas portas vai se abrir para você,
não que a paixão seja por alguém...
Posso amar os meus filmes de época, posso 
amar dois gatos que cuido e não são meus, 
nada do que digo meu me pertence. 

Vou sem alimentar fantasia, só quero a vida
que não tem magia, é o modo de olhar as coisas
de sentir, só você sabe se gosta ou acostumou.
Costume é escolha, quando queremos deixar
tudo no passado, ele fica.

As ótimas lembrança são flores entre as pedras
semeadas pelos vendavais 
colhidas pela poesia

O passado é uma missão abortada, fracassado,
ou vitorioso saltando em nosso colo, 
entra sem pedir licença

Cega os nossos olhos, tapa os nossos ouvidos,
nos leva para cair no abismo sobrevivendo
nas garras da ilusão sem dar um só gemido.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 27/06/2015
Reeditado em 22/11/2020
Código do texto: T5291440
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