Homicídio: tiro de amor à queima-roupa

Qual a idade em que deixamos de nos achar frágeis como crianças perante um sentimento? Se você já passou por este frio na barriga que é caminhar em uma corda bamba, onde no final do caminho há algo que vale a pena, mas qualquer erro pode ser fatal... ah, se você passou por isto, sabe do que estou falando.

Negamos com todas as forças uma paixão. É clara a chance de acabar em decepção. Pergunto aos leitores deste desabafo literário: como controlar este monstro interno que clama e anseia ferozmente por um sinal de afeto do lado de lá? Nem o mais forte dos homens resiste a um tiro de amor à queima-roupa.

Por vezes, e na maior parte delas, cada bala causa uma cicatriz profunda e carregada de melancolia. Por cada uma delas, recusei-me a sentir novamente. Que falsas e tolas promessas.

Mais uma vez aqui, de peito aberto. Seu alvo. Estou pronta. Homicídio, e que seja com intenção de matar... de amor.

Marília Stroka
Enviado por Marília Stroka em 25/06/2015
Código do texto: T5289805
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