SERÁ ...UM DIA?
Sem identidade...
Vivo numa terra de ninguém!
Repleta de valores invertidos...
E de horizontes indefinidos!
Aonde tudo é permitido,
E muito pouco é dividido!
A violência e a iniquidade...
De mãos dadas à impunidade.
Com o coração acelerado...
E o Direito usurpado!
Vivo numa terra de ninguém!
Aonde todos se sentem donos...
Vivo em total abandono.
Paradoxal realidade,
Da qual nunca sentirei saudade.
Apenas, sim, a vontade...
De mudar esta verdade.
Uma terra que amo tanto,
E que só me causa espanto!
E eu que acreditei um dia,
Na tão sonhada democracia.
Nesta terra vivo com medo...
E disto não faço segredo!
A esperar por minha utopia,
Uma terra de cidadania.
Será...um dia?
Sp, 22/06/2002