A VIDA!
E tudo isso vai acabar
Não tenho chapéu a aguardar no sol
Nem flamboyant a me repicar de ar
Não sofro de vertigem
Alcançarei céus mais sóbrios
Decifrarei todas as metáforas
Enviesadas e tal.
Sou mesmo mal
Não me colarão nos álbuns
Nem me fitarão injúrias pausadas
Ás de loterias
São possibilidades explosivas
Uma verdade, um medo, uma jangada...
Naufrágio.
Verde e prásino presságio
Dum homem de dentes à mostra
Como vernissage a correr pelas retinas
Como marionetes a desfilar pelas páginas
Desta odisséia louca, rouca e pouca...
A vida!