Redenção

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Naquela tarde de outono amarelado, entreolharam-se cúmplices e espalmaram as mãos olhando o grande oceano - os barcos escorregavam úmidos de desejos assim como eles - E apesar de não saberem nada um do outro, não resistiram a atração - atracação de barcos navegantes ao cais -

O beijo veio, assim como o pio das gaivotas doridas de ondas quebradas à beira das pedras, a noite escalou deliciosamente à beira de seus corpos, desceu o seu manto negro e orvalhou-os como se não bastasse o próprio gozo das ondulações.

Não houve despedida. Não houve trégua.

Apenas a redenção.

Os barcos retornaram às suas águas.

Zeca Baleiro - Proibida pra mim

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 22/06/2015
Reeditado em 19/08/2016
Código do texto: T5286058
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