Trouxe o vento, risos distantes

Trouxe o vento, risos distantes

com os risos paisagens e sons

vieram com o sonho, as núvens

as formas abstratas

do ubre das terra o gozo

da vida o segredos dos anjos

das canções,amantes suicidas

das noites brilhos ocultos e incompreensíveis

nas ruas o cinza sem galhos tortos

no reflexo dos rios desviam as aves nadadoras

e eu, imóvel impávido

retorno à própria imagem

espelhada nas água do canal

atônitos, ao lado

jovens pálidos brindam o paganismo

e a iconoclastia presente nos gestos

ja o canto segue

navega, transborda

e trasmuta