Papel de pão
Nada tenho a declarar antes aos fatos, apenas recordar que não é nada.
Nada mesmo...
Não se preocupe com as minhas crises abstratas e essa mania boba que eu tenho de sonhar e idealizar!
O contrário do verso sempre será a prosa meu caro leitor, mas isso não faz de mim uma passageira nesse ônibus lotado que se chama a vida.
Já foi o tempo que um café barato me satisfazia, hoje meu paladar anda mais apurado.
Deve ser por isso que me perco em meus devaneios ilusórios cheios de contrapontos.
E quer saber?
Eu rio quando ouço que eu não devo chorar.
Porque não?
Chorar não é sinal de fraqueza, talvez frustração por não ter saído do jeito que escrevi os versos cuidadosos desse capítulo da minha história.
Acho que eu deveria ter escolhido melhor o papel, acho que foi isso...
Fica registrado, nunca mais escrever algo tão belo e perfeito em papel de pão!