Tudo vira pó.

Acordar 4 e meia, geralmente estressado, pouco tempo pra dormir.

Enrolar até as cinco, de soneca em soneca

e pronto!

Vencido pelo cansaço, abandona-se o descanso

Agora corra!

Quem mandou postergar o banho?

O ônibus se torna a mesa do café e o balançar vai lhe nanando em pé.

Todo dia uma agonia pra chegar,

o dia passa sem dar tempo de parar para pensar...

Mas ele passa! E vá com pressa, pois a condução do curso não espera!

É preciso estudar...

O sono vem no ônibus - seu segundo lar.

e uma lembrança do sorriso de um sobrinho surge como uma brisa.

Ele aprendeu a palavra "Vasto" quando se referia a um reino imaginário de um estória que o contou...

"É 'grande', 'enorme'!"

Um dia o garoto levou uma surra na escola!

e, quando perguntado do porquê não revidou, explicou:

"Ele era vasto!"

Crianças...

A aula se inicia e, entre calculos e mais cálculos, ele a abandona.

Caminha com a mente vazia até a praia ali perto.

Então, sente a areia envolvendo seus pés,

a água afundando seus calcanhares,

o vento acariciando seus cabelos,

"Não é perda de tempo,

se o tempo parar",

ele pensa.

Todo dia,

todo mês,

todo ano.

E esquecemos

que tudo vai virar pó.

Nossos ossos, o país,

o planeta, a galáxia...

No final?

Tudo vira pó.

O que importa é a lembrança, o carinho e o amor.

A sabedoria, a inteligência, o conhecimento...

(!!!)

Melhor voltar pra aula.

Jota Mattos
Enviado por Jota Mattos em 16/06/2015
Código do texto: T5278818
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