DELÍRIO DO ESCREVER

Pensar confuso, dividido entre os pólos

De um lado a ânsia, do outro lado o medo

Quem vencerá quem!?

Questiona o silêncio que assiste o momento...

Enquanto ouve-se o sussurrar de um vento

Uma brisa acolhedora passa pelo seu corpo

E o instante define-se em outro tom

Os olhos ganham a cor da entrega,

O corpo ganha a fome da alma

Cresce entre as entranhas a chama,

Surgem situações de difícil escolha,

Cai a ficha diante da situação

Como atender a voz da tal inspiração?

Queimar-se ou fugir a fagulha...

Escrever os arrepios do corpo, ou fugir esta loucura faminta!?

O peito pulsa e o coração se acelera pelo calor do prazer

Enquanto a brisa acaricia o seu corpo nu, toca-o com subtileza,

Admirando as curvas e a sensual beleza

Para o delírio da emoção

Que dá ao silêncio a voz dos gemidos

Franzino soluços da alma levam-na ao toque do seu corpo

Na inocência as mãos afagam a sua alma

Dedos tatuam e sentem o contacto da pele quente

O calor invade o ambiente

E a alma sente o prazer trazido pelo corpo faminto

Nascem anseios enquanto gemem os devaneios

Olhares ganham o brilho da alma, matando saudade que se apoderava do corpo,

Eis que o momento tornou-se mágico

Brotava da ilusão a seiva que definia o seu ser

A doce menina, torna-se-a mulher

O cheiro do licor embriagava a sua alma,

Que convulsionava a cada instante

O corpo reluzia feito estrela,

Eram visíveis as emoções de felicidade

O silêncio geme harmonicamente a voz da liberdade

E os ecos marcam as paredes numa tarde de vontades!!

9/3/2015

(Merlin Magiko)

Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko
Enviado por Daniel Miguelavez ou Merlin Magiko em 15/06/2015
Reeditado em 16/06/2015
Código do texto: T5277653
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.