DELÍRIO DO ESCREVER
Pensar confuso, dividido entre os pólos
De um lado a ânsia, do outro lado o medo
Quem vencerá quem!?
Questiona o silêncio que assiste o momento...
Enquanto ouve-se o sussurrar de um vento
Uma brisa acolhedora passa pelo seu corpo
E o instante define-se em outro tom
Os olhos ganham a cor da entrega,
O corpo ganha a fome da alma
Cresce entre as entranhas a chama,
Surgem situações de difícil escolha,
Cai a ficha diante da situação
Como atender a voz da tal inspiração?
Queimar-se ou fugir a fagulha...
Escrever os arrepios do corpo, ou fugir esta loucura faminta!?
O peito pulsa e o coração se acelera pelo calor do prazer
Enquanto a brisa acaricia o seu corpo nu, toca-o com subtileza,
Admirando as curvas e a sensual beleza
Para o delírio da emoção
Que dá ao silêncio a voz dos gemidos
Franzino soluços da alma levam-na ao toque do seu corpo
Na inocência as mãos afagam a sua alma
Dedos tatuam e sentem o contacto da pele quente
O calor invade o ambiente
E a alma sente o prazer trazido pelo corpo faminto
Nascem anseios enquanto gemem os devaneios
Olhares ganham o brilho da alma, matando saudade que se apoderava do corpo,
Eis que o momento tornou-se mágico
Brotava da ilusão a seiva que definia o seu ser
A doce menina, torna-se-a mulher
O cheiro do licor embriagava a sua alma,
Que convulsionava a cada instante
O corpo reluzia feito estrela,
Eram visíveis as emoções de felicidade
O silêncio geme harmonicamente a voz da liberdade
E os ecos marcam as paredes numa tarde de vontades!!
9/3/2015
(Merlin Magiko)