Para aqueles que defendem seus algozes

Enquanto existirem os resignados,

na outra ponta, existirão os exploradores.

Enquanto existir a vítima em defesa do algoz

Também não cessará o patíbulo

Enquanto não houver a Consciência de Classe

Perpetuarão os defensores daqueles que usurpam o direito que a todos iguala

Assim, mantido essa cega defesa,

Nem aquele que os defende estarão salvo do julgo atroz do aproveitador

Todo esse quadro mantido,

famintos removerão o lixo a procura do raro alimento

Crianças já não terão infância e sucumbirão na próxima esquina

Enquanto isso,

a voz do resignado,

Se auto-proclamando defensores do mérito alheio,

Também ela, tão logo, queiram-na calada

Não se furtarão de desferi-la o golpe do machado

E quando esse dia chegar

não encontrará ao lado

a quem se lamentar

Pois, já perdera sua identidade.