Momentos - Gozo, suor e chuva ...
***
E do beijo prolongado fez-se também o desejo de estremecê-lo por alguns minutos rente à porta semi-aberta. As bocas ainda se prolongaram em carícias mútuas... a língua dele descia gostosamente pelo seu pescoço enquanto que os dentes dela o mordiscavam nos seus ombros largos . Ela soltou um chiado que misturou-se ao som da fina chuva que insistia em lamber indiscreta toda a terra.
Ela o conduziu ao seu quarto enquanto ele ainda passeava com os seus dedos sobre as suas costas... deslizou até sentir a saliência deliciosa de suas montanhas... amassou-as até arrancar o suspiro aprisionado nos pulmões da moça...
Ela não teve tempo de oferecer-lhe a toalha, pois o seu próprio corpo o umedecia a cada toque suave de ses dedos, então, para quê o pano felpudo? Se os pelos do seu corte já o endoideciam?
Deslizaram-se sobre as próprias peles num roçar delicioso. Afora o silêncio ensurdecedor de seus próprios gemidos. A cama rangente e o estampido de um trovão distante. A loucura acesa da quentura e a delicadeza gritante dos sussurros...
Ao longo das coxas, a torrente dos suores e a boca já sem voz apenas no morder dos lábios. As palavras incitantes que jorravam obscenidades ternas... e as pétalas a emoldurar-se nos dedos...
E do gozo fez-se o grito a dilacerar a noite, rasgando com os tufos dos cabelos emaranhados no suor colado às costas... e o tropel furioso dos cavalos a romper num orgasmo telúrico - gosto de terra regado ao gozo da chuva...
Ao acordar, sentiu-se lânguida e umedecida. E sufocou-se na própria crucificação ao saborear os dedos com as águas da chuva.
Madonna - The Power Of Good-Bye
(https://youtu.be/Nx1ykBc3XUQ)
Copie e cole no seu navegador.