A MARCA
A MARCA..
“Que o quente da marca, chegando ao couro,
só dói, quando é na gente. Só arde ,
quando a gente é o touro”
Vô Caburé.
Jamais terás do
esquecimento como marca,
pois já a deixastes., em mim
co’o ferro quente, ao couro.
Marcando.um quera, de
tão pouca pele .Parca.
~E pouca envergadura
para um velho touro.
E se doeu.., Porque só dói
quando é na gente~,
mais dói agora~,
quando desencabrestado
se vai casmurro
e a ruminar seus ais...
Silente..
Na vã procura de repontear seu gado.
E ,as “veiz”,lambe e lambe a cicatriz no lombo.
E ,as “veiz,’ arranca ,da garganta ,um mugido,
que o gado em volta ,nem mesmo, querendo entende
É que o ruído sai num tom , que surpreende
e mesmo assusta, pois mais parece um rugido
de um predador que se feriu num tombo
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Aécio Kauffmann