Digo, não digo
O que sinto e o que minto, vagam lado a lado na consciência. Pois o que sinto, engana até o pensamento, que por vezes rejeito, pelo respeito necessário a quem comigo convive. A essas pessoas que estão no meu caminho pelo entendimento certo de que me valem mais do que posso pagar.
E o que minto é negação completa do que, pelo desejo de conviver, não posso declarar. Se sinto, mas minto que não sinto, é para dizer, não dizendo, que não posso, ainda que queira, invadir espaço tão particular do outro, como esses meus pensamentos.