Textos


Quando a minha alma cala, é quando sinto que mais dele me aproximo,

enquanto cada vez mais, ele de mim, me distancie...

tenho na minha memória, arquivos bem particular, textos-lembranças,

parte de uma história sem começo, e sem fim,

dessas que só existe em minha imaginação, e que não quero esquecer,

sou uma ultrapassada adolescente, certos costumes nunca irei largar,

tenho diário sim, um dia eu vou querer recordar quando a velhice

por acaso me fizer esquecer certos detalhes de instantes vividos,

que foram instantes meus somente, mas existiram...

às vezes releio alguns, e sinto que o meu amor é o mesmo, e até mais intenso.

O amor quando nasce, não precisa existir um elo,

ou correntes, ama-se tão somente, há varias formas de amar,

a gente ama um gesto, uma fala, ama a timidez, aquele olhar que se tem do mundo,

as palavras de força, a atenção, a delicadeza, a sinceridade,

e aos poucos a admiração vai se transformando num sentimento

que toma conta da alma, e a gente só quer voar, sonhar, mesmo que

os nossos voos sejam rasos, e nem consigamos alcançar, 

e todo amor seja uma infinda e gostosa saudade,

e os braços da gente se jogam para um abraço vazio,

reconfortado pela poesia, essa que faz a gente viajar pelos

mesmos caminhos que o seu amor passou, e não mais

o encontrando, continuamos nessa busca em vão, amando, amando.

         












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Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/05/2015
Reeditado em 14/07/2023
Código do texto: T5258229
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