Meu São Paulo da Garoa
Meu São Paulo da garoa
De longe vejo a criança vindo
e entra na igreja casa de Deus menino.
Meu São Paulo da garoa
cidade de pobre e de rico
Branco, polícia dá bom dia,
pra negro, camburão e castigo.
Também, eu que desta terra
sei apenas o grande nome
Não desprezo o canto, nem o manto
que cobre meu corpo, mesmo que no chão.
E São Paulo da garoa
terra boa, terra de gente boa
E São Paulo da garoa.
Do ispinho da flô que machuca
a minha mão
O mesmo ispinho não fere
meu coração.
PS: texto feito a partir de uma cena do Espetáculo: Concerto de Ispinho e Flô, da Cia do Tijolo.