Secretas palavras (...)

[...]

... porque ando coberta com o azinhavre, e não encontro palavras para definir-me. Virei algo que esverdeou ao longo do tempo - fosse o alento das pedras enfeitiçadas - mas sou a estátua atirada ao fundo do mar... restou-me sobreviver para tecer essas secretas palavras.

Mas exaltou-se o poema; perpetuou-se além de mim mesma; não quero ser trágica. (mas, só um pouquinho...). E tudo exalou além das águas - fonte de todo afogado - e rente à janela ainda penso nessa estaticidade. Pedra imolada, verde de chumbo, poema de fim de tarde e um outono salgado descendo nas lágrimas.

Fly On - Coldplay

(https://youtu.be/Ap-HeMIKi-c)

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 27/05/2015
Reeditado em 27/05/2015
Código do texto: T5256621
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