Sol e Lua
Não, não posso esperar por você, ainda que eu queira. O véu da escuridão cai sobre meus ombros e a noite chega aos poucos, assim, tenho que partir e deixá-la sozinha reinar no céu, absoluta, a dama da noite, solitária e insinuante.
O brilho do teu olhar no breu ilumina a orbe e atrai os olhares dos poetas, escritores, apaixonados e sonhadores. Estamos condenados, eu e você, Sol e Lua ao isolamento, amaldiçoados pela vontade da natureza. Você parte aos poucos e eu chego, me despeço e você entra no céu. Não sei se é possível amar assim, sem nos tocar, sem os beijos duradouros e apaixonados.
Mais uma vez é hora de partir, entrar em cena e me contentar com a espera, encher meus olhos unicamente com a tua beleza.
Marcelo Queiroz
25/05/15
06:17h