As portas do inferno
Ah! Todos estão prostrados, ansiosos
Esperando que elas se abram...
Alguns olham o relógio e nada.
A angústia consumindo,
O desespero...
Enfim elas se abrem...
Um cheiro de enxofre mistura-se com essência de flores e fumaça
Uma fúria louca e nostálgica toma conta
Velhos, crianças, homens e mulheres com embrulhos ou simplesmente sem nada
Todos impacientes tomam sua postura para entrarem
Os tímidos deixam os mais velhos entrarem na frente
Já os egoístas Ah, os egoístas!Esses são os primeiros a entrarem
Entre empurra- empurra, tropeções, gritando infâmias e protestos
Mas quando as portas do inferno se fecham
Aí vem a lamentação, a indignação daqueles que não entraram,
Mas o que fazer então?
Agora só lhes restam esperar
Para que as portas do inferno se abram novamente.
Etrom