A menina que teve a Infância roubada
Uma pequena garota
Com batom nos lábios
Era explorada
Essa garota não percebia mas era usada
A pobre menina abusada
A criança que não brincava
Vivia exposta a sua sorte
Mas que sorte?
Viver a mercê da morte
Morte da inocência que a cada dia era roubada
A infância perdida
Da menina que vivia às margens da estrada
Esperando um afago
Vendendo o corpo por um trocado
Da ausência da escola que não educava
Da falta do lazer que não tinha
Da família ausente
Da falta de atenção de quem passava
E a menina que ninguém enxergava
Esperava na estrada
A carona abusada
De um adulto opressor
Da falta de amor
A maquiagem no rosto escondia a tristeza fria
Da menina que podia ser minha ou sua cria
Mas que ninguém via.