INQUIETAÇÃO

Na rua escura, até onde meu olhar alcança, só vejo espaços vazios. Igual noite de inverno, em que tudo parece morrer quando o sol desaparece no horizonte. Mas é verão e a não presença de viva alma, me inquieta. Até os morcegos parece que migraram para outro espaço e a coruja, afônica, não se faz ouvir neste silêncio que amedronta. Talvez não existam corujas por aqui. E nem morcegos. O que inquieta é que nenhuma folha se move, como se o ar esquecesse de soprar a brisa cálida que ameniza o calor. Me sinto como se sozinha estivesse no mundo. O mundo do meu espaço parou. Não sei se sonho, se deliro, se imagino. Fecho a janela, suspiro pausadamente e busco a companhia de um livro, no aconchego da minha cama.
                                                                                        Giustina
(imagem Google)
Giustina
Enviado por Giustina em 12/05/2015
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