Mãe, meu casaco de pele.
Depois o tempo passa! E o que reluz com a graça e a chegada do inverno é sua mão morna aquecendo minha face, de passe e antepasse, gangorreando num enlace seu fervido amor.
E depois que passa, ficamos! Já com a vontade do dia anterior, já com saudades do que não se finda, do colo que gangorreares na ultima estação, da canção de ninar e o seu calor.
E assim passam-se os dias e as flores e os raios das manhãs, como que se triste fosse virar saudades; dias lindos do passado, de seu palmado morno, de seus galhos secos, que me foram ninhos em seus dias de mãe.
(Mãe é um quadro de luz, pintado ao seu semblante).
........... “ Catarino Salvador “.