Acordei antes do sol.
Senti saudades:
do seu corpo,
do seu beijo,
do seu cheiro.
Auscultei sua voz rouca,
estrondando no meu peito.
Suas mãos lívidas,
em mim viajando em cruzeiro,
fazendo arquejar o ombro,
em arrepio de desejo.
Andamos alinhavados,
por caminhos outrora ermos.
Nostálgica,
abro a janela do pensamento,
encontro-o no subconsciente,
bem atrás do pensamento,
conversando com Clarice.
Logo eu,
que havia prometido esquecê-lo!
A muito eu trazia embolorada,
a lembrança tênue dele,
escondido no viés do seio.
Por ora matei a saudade,
do corpo,
do beijo, do cheiro...
Dormi e o Sol não veio!
REMINISCENCIAS