CHUVA NA VIDRAÇA
Tarde morna de domingo,
chuva a cair, lenta, mansa,
escorrendo na vidraça.
Eu entretida ouvindo a chuva
olhos perdidos no todo,
no vago, no vácuo,
dessa tarde de domingo...
...Lembrei-me de outras tardes
outros tempos, outras chuvas
que teimavam em cair
molhando a vida,
escorrendo por vidraças
que ficaram lá atrás,
perdidas nas lembranças...
Tantas recordações!
Nesse emaranhado,
envolví-me...
doces alegrias da infância
- período cheio de magia -
risos cristalinos
ainda posso ouví-los!
Depois, a juventude,
plena, insaciável, tantos amores!
Uns inesquecíveis,
outros, apagados pelo tempo...
Quanto viver de lá para cá,
a vida seguindo!
Voltei a ouvir a chuva,
esquecendo as reminiscências...
e despertei do devaneio,
enquanto a chuva continuava cair,
lenta, mansa,
escorrendo na vidraça!
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Interação do amigo Aleixenko:
CHUVA NA VIDRAÇA
O velho todo cheio de pileque
E saudosamente a velha ranzinza
Como nos tempos de dois moleques
Vão ao borralho e sopram a cinza
O menino ouvindo a chuva na vidraça
Pachorrentamente dentro de casa
Em boa hora e lugar de fazer pirraça
Vai lá à fornalha esparrama a brasa
E eu estando aqui só para interagir
Meti a caneta sem dó nem piedade
Quando carecia tugir e não mugir
Garatujei esta série de imbecilidade
- Aleixenko -