A brisa noturna toca piano pela paisagem, num tom mais forte e gelado do que o habitual. Ah...essa brisa (in) constante que vem de longe e não conta os segredos que capta pelo caminho. Hoje não há luar e um véu de escuridão pousa sobre toda a paisagem que parece um enegrecido fantasma. Apenas o som da sapeca visitante dos ares parece vivo, o canto teima em ser repetitivo, no mesmo refrão que induz ao sono. Os insetos devem estar aconchegados em suas casas nos gramados e outros animais recolheram-se também, respeitando a hora do descanso. Notam-se no céu limpo, estrelinhas a piscarem doidamente, mandando sinais a pirilampos perdidos. Elas dão seta para a direita e esquerda, como a orientarem os voos. Algumas miríades parecem apenas um pontinho e nem consigo imaginar a distancia em que estão e cada vez mais admiro o universo e seu mistério. Ele é tão imenso que não cabe nem no pensamento. Principalmente de quem o enxerga apenas como essa poesia sonolenta de uma noite outonal.
Boa Noite!
Boa Noite!