OS SINOS
OS SINOS.
(Prosa sem Versos.)
Eu vi o sino tocar.
Eu ouvi a voz do sino.
Ouvi as vibrações de sua voz
Sim o sino fala, e fala forte.
Ele tem sentimentos e a expressa
Em alta voz e muito vibrante, caliente.
Desde infante gosto de ouvir o sino
Sentava na praça da matriz, para escuta-lo.
Os dias de festas, casamentos, alegria.
Ele soa forte, alegre, jovem. Girava sobre si mesmo.
Um dia morreu o padre. Ele ficou muito triste.
Só o mais velho, o maior, teve coragem de tocar.
Com badalas fúnebres e lamuriosas era grave, pausado.
Bateu uma vez, parava, para outra badalada, respeitou o momento.
Sexta feira da paixão tinha o mesmo refrão, solene, triste, sereno.
No recolhimento da paixão, cada badalada doía no coração contrito.
Há, mas na pascoa os três extravasava sua alegria. Nem o grave, era tão grave.
O médio no meio dava piruetas e soltava a voz do equilíbrio no som.
O agudo, era o menor, apesar do seu tamanho, jogava o som mais longe.
Os moradores da cidade ficavam contentes, alegres, sorridentes, ouvindo com atenção.
O clima era de festa, quem não ia, nas janelas saiam, riam de alegria, cada um com seu motivo.
O ancião não foi não podia, mas com seu rosário na mão, agradecia e pedia o perdão.
Quem diz que objetos não tem vida, perde sua razão, e não tem noção. Inocente é.
Basta ver ouvir prestar atenção. Animais falam em suas vozes, objetos expressão a vida.
O mundo é vida fulgente, no expoente da vitalidade a seu modo feito pelo Criador.
Mude seu modo de ver as coisas, entenda a natureza, seus conceitos mudam. Com certeza.
Ssantana ( DRACKON) Varginha, 18/04/2015