EXPECTANDO

Expectando...

A exaustão da clausura tenebrosa talava os dias de ausência... As tormentas da incompreensão manchavam o manto envolto da obediência e resignação. Instigavam a impaciência em impulsos. Destituíam a lucidez em desabono ao talhar do venturo...

Em um estalo, fez-se claridão. Inequívoco ser provido de reflexos e percepções. Vestindo-se da candura da alma do que lhe cobre, por verso de solicitude e desvelo. Aquebrantando o pranto e acalmando o intento. Acalentando a agonia e acariciando a paixão. Apaziguou os sentidos. Abrandou e fez repousar a sofreguidão da espera. A ausência se fez presente, no adoçamento da esperança da interseção das almas.

Flávia Arruda 17/04/2015