Cachaça

Rimos à toa...

dos corpos e da dor,

dos palhaços e seus paletós,

da carne que alimenta o sangue,

do vinho que nos diverte.

Rimos tanto, amor meu...

por causas desconhecidas,

em segredo, nas tribunas e sepulcros,

rimos da criação e do nosso estado

de idiotas à margem do tempo.

Daí, perdemos a hora e a compostura,

lá se vai o ônibus e a ferradura,

lá se vai a tarde que deixamos

no fundo do copo.

Cachaça.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 16/04/2015
Reeditado em 16/04/2015
Código do texto: T5209459
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