“FALTA A DIGNIDADE NA FALTA DE HIGIENE”
(QUINTILHAS)
Fazer do espaço sagrado à realização profissional
Uma latrina a céu aberto dado a total insensatez
Dos mesmos que deveriam protegê-lo com carinho e polidez
Cuspindo no prato que lhe serve de ‘ganha pão’ habitual,
Chega a ser ‘caso de polícia’ tamanha falta de educação
É incoerente e por que não uma grande e nojenta medida.
Não há constrangimento, todos agem até com naturalidade,
Assuando as narinas e escarrando no tapete viçoso na necessidade,
Como se fosse o óbvio, como se não houvesse outra saída.
Lastimável cena por noventa minutos se não houver prorrogação.
A cada toque ou tropeço, ou até mesmo uma trombada, ele cai.
O adversário vai à grama e rola a cara e passa a mão, sem ,
Que em seguida limpa o canto da boca ou mesmo os olhos, sem querer,
Num lampejo de tirar um pedacinho do tapete que sozinho não sai,
Que fora umedecido pelas gosmas encatarradas cuspidas em toda direção.
Falta dignidade no espetáculo maior da Terra a esses profissionais
Quando no seu local de labuta, a higiene se torna descabida,
Num contrassenso ao rigor que vem de outras medidas
Desrespeitando o público com atitudes e ações antissociais,
Fato jamais visto em qualquer outro setor trabalhista de uma Nação.
(ARO> 2015)