Às queridas mestras (Reminiscências) .
ÀS MINHAS QUERIDAS MESTRAS (Reminiscências)
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Às queridas mestras, eu dedico com amor
Minhas mais doces lembranças.
À boa mãe que me criou,
Que de forma inusitada nos amou,
Em seus seios nos alimentou,
Também nos corrigiu e castigou,
Para outros mestres, sabiamente,
Ela nos encaminhou!...
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Nas casas de família, na rua onde nasci
D. Teresinha, D. Júlia, a Carta do ABC,
Cartilha do Povo, a Tabuada,
Com perícia ensinavam e eu aprendi.
Se os meninos bagunçassem,
Os olhos lacrimejavam,
Com os joelhos sobre os milhos,
Nas mãos a palmatória e os bolos cantavam!
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Dessa cantoria eu não participava
Morria de medo desse castigo danado!...
Não fazia por merecer, confesso tinha medo,
Se não andasse direito, em casa me castigavam!
Constrangia-me ao ver os garotos
“Pinga Fogos” á sofrer, de frente para a parede,
Bisonhos a entristecer.
Uns eram atrevidos, também se zangavam,
Outros eram palhaços e nos faziam sorrir!
Cabeça sob o tamborete, sorrateiros,
Ainda faziam graças a nos olhar do castigo.
E ainda havia quem dedurava, sempre há!...
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Não falo mal dos professores de outrora,
Havia afeto ontem e existe hoje também!
Não descreio do amor, mesmo se sufocada pela dor,
O vazio, o medo, que toma conta dos corações!
O Hoje que vejo e chamam de liberdade, educação.
Temos saudades de outrora, brincadeiras na calçada,
Ficamos tristes ao saber do desespero e solidão.
Nas ruas tombadas, flores da juventude são esquecidas,
Inconsequente liberdade de uma geração mal amada,
Tomada pelas drogas, o consumismo, perdida!...
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A violência da máfia da ambição,
Na raça humana, no Brasil, uma herança maldita
Não tem limites e atinge em todas as direções,
Faz sofrer á mim, á você e aos nossos irmãos.
A memória cultural, o criar laços, perdidos,
Desrespeito ao outro, à vida sagrada, a família,
Representantes, líderes, dão maus exemplos,
Quebram éticos valores, atrozmente esquecidos!
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Nas escolas públicas do município,
Lembro com carinho todo especial,
As quartas-feiras sempre esperadas
Em que uma mestra muito amada
Trazia os braços cheios de livros
Em papel madeira encapados,
Escondendo também em sorrisos,
As fábulas que nos encantavam!
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A Luz que nos ascende ao alto,
Traz sublime energia e nos faz aprimorar.
Somos belos diamantes que a vida faz lapidar.
O tempo nos faz bem perceber o seu puríssimo perfume
Perene nos enriquece, nos ensina a fluir, sublimar,
Na labuta, nos sofrimentos, amores, alegrias,
As emoções trazidas por nostalgias,
Estranhas melancolias ao ver o céu estrelado,
A luz das estrelas e o branco luar a derramar
Sobre nós as esperanças para cada amanhecer!...
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Autoria: Roseleide Santana de Farias ( Rosa Azul)