HIPÓTESES
...
Ali...
Noites eu passaria
Enroscando minha poesia
Nalguma outra poesia...
Só pra dizer como é aquilo que seria...
Pra mim...
E pro próprio modo como essa e/ou aquela poesia
Agora, assim, então, ali, existiria...
Se quando em mim, pra mim, e/ou por mim...
E/ou de um outro modo que escolhesse...
E por isso não quisesse e/ou se fizesse,
Por sua vez, talvez, bem longe de um poema desse...
É que difícil saber
Se eu também escolheria
O que escolho...
Naquilo que ao sabor de qualquer vento
Já apresento...
E, sem muita escolha...
(Malandro não vive na encolha...)
Rapidinho escolho o que escolho dentro da própria escolha...
...
E, agora, olho no olho...
Percebo que já existe, feliz e/ou triste
O modo pelo qual existe e/ou se existe
O que existe e o que não existe...
O que não se existe fatalmente não resiste...
...
Talvez seja por isso que encaixo onde sempre encaixo
(O poema embaixo do braço...)
Caco por caco...
E sabendo e/ou fingindo se tratar de cavaco...
Acabo sempre cantando um samba novo em folha...
Antes que a primeira hipótese também se recolha...
...
"Tá" vendo como é isso pra mim?
Eu nem sabia que acabaria assim...