POESIA SEM GRAXA

Ouça a carriola...

Que quando passa, trespassa, via estranha gritaria,

As entranhas dessa poesia...

Ouça o berro...

(Viu esse estranho barulho!?)

É de ferro com ferro...

É o moleque do entulho...

Som de borracha?

Como assim o seria, nessa poesia sem graxa!?

...

É! Silêncio é que não se teria...

Ouça a sonoplastia...

O grito esquisito

Da serra no granito...

Vem lá da marmoraria

...

Ouça, mais ao fundo, é pedido de socorro...

(Rima pronta de qualquer morro...)

Latido de faminto cachorro...

...

Não são nem dez da manhã...

A molecada da quebrada redescobriu a rolimã...

Vai ser fichinha essa carriola

Quando eles voltarem da escola...

...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 10/04/2015
Reeditado em 14/04/2015
Código do texto: T5201688
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