Leão
A cobra coral em meu peito passeia por entre a mata virgem, e eu, irresignado que sou, observo a lua e o túmulo da beira do caminho. Não temo a cruz, a tenho tatuado em minha pele, junto ao Leão que me guarda.
Bebo das águas do Rio, do Mar, do orvalho do ar, mato a minha sede. Sou movimento, vento, alento, bambu exposto ao tempo. Agora parto, levo comigo lança e espada, e vou cavalgando pelas estradas, por entre porteiras, vou rumo ao mar, mas ficarei em terra, na beira, na beira do mar.