UM AMOR ENCARCERADO.

“O amor é tudo e é nada, é a cheia e é a secura, é mel e a rapadura, é a vida, e é a morte, é a pitada de sorte, para poucas criaturas”.

MJ.

Um amor encarcerado,

Não nos faz o bem comum,

Nos mata por asfixia,

Não redunda dois em um,

Divide mais do que junta,

Dilacera e faz destroços,

Pois nele eu nada posso,

E tu não podes também,

Melhor seria dar um fim

No que tu sentes por mim,

E que eu fizesse o mesmo,

Te esquecendo de uma vez,

Pois não posso ser freguês,

Do teu recanto de núpcias,

Acordo sempre molhado,

De tanto ter desejado,

O que não vou ter acesso,

Este mundo é ingrato,

Relato estes tristes fatos,

Razões do nosso insucesso.

LUSO POEMAS 29/03/15