Bomba-relógio
É tudo muito pesado, tá me sobrecarregando e eu sou uma bomba-relógio. Tic-tac, tic-tac, tic-tac... corte o fio, por favor. Bum! It's over.
A gente não sabe mais lidar com isso. Nunca soubemos, na verdade. E eu nem se isso aqui se encaixa numa prosa. Pra mim isso é mais um lugar pra eu te falar coisas que você não vai ouvir.
Cansei de gritar na sua cara tudo o que eu sinto e o que eu quero e o que eu acho que a gente daria, porque, eu sei, a gente daria muito certo. E eu deveria estar na cama, deveria dormir, deveria comer e tomar meus remédios, mas eu estou tentando digerir o que está rolando. O que mudou tão de repente? Sabia que era uma ideia ruim me apaixonar por você. Não que não tenha valido a pena, valeu sim, mas está me corroendo por dentro. Chega desse "mimimi". Somos adolescentes que já passaram da hora de agirem como adultos, não acha?! Então quem coloca o ponto final? Quem dá o último adeus? Quem é o primeiro a virar de costas? Quem vai enxugar as minhas lágrimas? Quem vai voltar atrás e pedir pra tentar de novo?
Eu queria poder evitar o que me faz pensar em você, mas você contaminou todo o meu universo pessoal com as suas coisas e eu fiquei dependente delas. E eu sei que era pra ser assim, sei que não era pra rolar. Não é culpa de ninguém. Só era pra ter sido assim, aceito isso. Só quero que você seja maduro, por favor, seja homem. É só falar o que quer ou deixa de querer, é assim que as coisas funcionam...
Ou ao menos deveriam funcionar.