O “NÃO” QUE ARREBATA

Não sei se sorvo as nozes que me apresentam

Não sei se as môo, se as faço levitar

Não sei se logro forças a colhê-las, não sei.

Não gostaria de saber mais do que sei

O abismo seria tão imenso (vaias dedicadas)

Minhas lágrimas nunca haveriam de entupí-lo.

Não sei quão agigantado é o calo que sinto

Se abro o florete ou a passagem, minto

Se passo a desmerecer o sol que na cara me crava, peço.

Quando as tampas do passado reinam na pureza do dia

Pelas rampas, céu atado, luz em feixe, há um coro

Nestas minas coradas, sorridas e milagrosas sem vozes... rôo.

Não sei se desfaço meus azimutes a ludibriar a tristeza

Não sei se escrevo na parede à noite quede que debuta

Não sei se lhe terei apreço, nem sei se mereço.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 07/06/2007
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T517806
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