À FLOR DA PELE

Mesmo sabedor de que os afetos são péssimos críticos, sei que vou gostar do poema que se forma – difusa imagem. O que está anteposto (em mim) é a saudade de toque, de corpo, e a vontade de te fazer presença. A arte já te fez vívida (em mim), mesmo que a poesia não se faça materializada em definitivo. O ambiente poético propício traça mistérios e fetiches. O desejo e suas cores estão muito bem dispostos na peça que se delineia. A muda personagem plástica está pronta, receptiva ao flerte, ao sussurro no ouvido e aos toques de descoberta dos chacras. Vês no que dá quando se está com o desejo nadando à flor da pele? E me lambuzo na emoção que o desejo excita...

– Do livro O CAPITAL DAS HORAS, 2014/15.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/5177426