Donzela Encantada

Sentado na campina vendo as flores a desabrochar

Estou eu a contemplar as nuvens sempre a vagar

Passos suaves, caminham pelo chão

E cheia de luz, eis ali uma linda visão

Estou perdido, oh Senhor ouve meu clamor

Pois sei que hoje vi a origem de minha dor

Alva como a geada, que ao sul, cai sobre a grama

O espelho de sua alma cintila uma luz de quem ama

Mas seu sorriso é um espectro de sua realidade

Eu contemplei seu rosto e vi sua dura verdade

Oh querida envida pelos anjos guiada pelo céu

Seus doces lábios não afastam palavras de fel

Ah mas boa é sua vida de incerteza e talvez

Sempre errante viaja, lá e de volta outra vez

Alegria que se esvai, volte pra minha mão

Sem medo, aceite meu sim e afaste teu não

A avidez de minha alma, não me permite deixar

De admirar tua graça, sem ao menos pestanejar

Ah vida não é uma mortalha de inverno minha dama

Primaveras vem pra levar o frio e aquecer quem ama

Sem mais mentiras e cortejos, eu desejo vê-la sorrir

Mesmo distante estarei feliz para meu caminho seguir

Tiago André Breta Izidoro

Zero
Enviado por Zero em 16/03/2015
Código do texto: T5172351
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