PÉS ALADOS
Já havia despachado suas malas. Sentada, ela aguardava a chamada para o embarque. Pegou de dentro da bolsa o seu kindle, e por alguns minutos ficou decidindo qual dentre os inúmeros livros, armazenados no aparelho, seria o escolhido para ser lido durante o voo de pouco mais de nove horas de duração.
Venceu o título: "O tempo é um rio que corre", de autoria de Lya Luft.
Deixou para começar a leitura dentro do avião. Ali, no saguão aguardando para embarcar, o ir e vir dos passageiros a entretinha.
Um gosto antigo esse, o de observar as pessoas.
Em cada rosto que se detinha, via uma expressão peculiar, em cada olhar um sonho. O som de vozes alegres, outras contidas, algumas altas a ponto de deixar conhecer o mapa da viagem que fariam, recheavam o lugar.
Parada ali, observando, ela ponderou, que nada se assemelhava tanto com a ideia de impermanência, do que um aeroporto. No ir e vir constante, o tempo correndo e promovendo mudanças. Concluiu que, viajar é como mergulhar a alma em oceanos desconhecidos, e voltar repleto de conhecimentos novos, vindo da convivência com culturas diferentes, que enriquecem o entendimento do viajante.
Ela bem o sabia, que aquele que se permitia descortinar novos horizontes, jamais voltava o mesmo, mas sim, regressava acrescido de tantas novidades, a lhe servir de tônico para a alma, muitas vezes anêmica pela fadiga da rotina.
Mais tarde, sentada em seu assento na aeronave, ela olhava pela janela e via a cidade iluminada, sendo deixada para trás. Aquelas asas, agigantadas por turbinas imensas e possantes, voavam leves, feito um pássaro, enquanto transportavam para outro continente tantos sonhos, desejos, e deixavam para trás a rotina, o conhecido, para abrigar o novo, o desconhecido, o risco, a mudança.
Às 5:45 da manhã, o avião pousava no seu local de destino, e dele desembarcavam centenas de pés alados, prontos e dispostos a vivenciar cada segundo dos seus sonhos.
(Imagem: Lenapena- aeroporto JFK)
Já havia despachado suas malas. Sentada, ela aguardava a chamada para o embarque. Pegou de dentro da bolsa o seu kindle, e por alguns minutos ficou decidindo qual dentre os inúmeros livros, armazenados no aparelho, seria o escolhido para ser lido durante o voo de pouco mais de nove horas de duração.
Venceu o título: "O tempo é um rio que corre", de autoria de Lya Luft.
Deixou para começar a leitura dentro do avião. Ali, no saguão aguardando para embarcar, o ir e vir dos passageiros a entretinha.
Um gosto antigo esse, o de observar as pessoas.
Em cada rosto que se detinha, via uma expressão peculiar, em cada olhar um sonho. O som de vozes alegres, outras contidas, algumas altas a ponto de deixar conhecer o mapa da viagem que fariam, recheavam o lugar.
Parada ali, observando, ela ponderou, que nada se assemelhava tanto com a ideia de impermanência, do que um aeroporto. No ir e vir constante, o tempo correndo e promovendo mudanças. Concluiu que, viajar é como mergulhar a alma em oceanos desconhecidos, e voltar repleto de conhecimentos novos, vindo da convivência com culturas diferentes, que enriquecem o entendimento do viajante.
Ela bem o sabia, que aquele que se permitia descortinar novos horizontes, jamais voltava o mesmo, mas sim, regressava acrescido de tantas novidades, a lhe servir de tônico para a alma, muitas vezes anêmica pela fadiga da rotina.
Mais tarde, sentada em seu assento na aeronave, ela olhava pela janela e via a cidade iluminada, sendo deixada para trás. Aquelas asas, agigantadas por turbinas imensas e possantes, voavam leves, feito um pássaro, enquanto transportavam para outro continente tantos sonhos, desejos, e deixavam para trás a rotina, o conhecido, para abrigar o novo, o desconhecido, o risco, a mudança.
Às 5:45 da manhã, o avião pousava no seu local de destino, e dele desembarcavam centenas de pés alados, prontos e dispostos a vivenciar cada segundo dos seus sonhos.
(Imagem: Lenapena- aeroporto JFK)