INTRODUÇÃO AO PEDIDO DE PERDÃO
Calam-se os olhos tristonhos
Diante da própria imagem.
Ressalta a agonia do momento.
Contestam-me o perdão,
Condenam-me pelo meu antigo mal
Já prescrito.
A faminta presença
Do canto adverso
A esse asfalto quente.
Não contendo em soluços
As lágrimas.
Ouvindo mais do que vozes
Trazendo ao corpo o perdão.
Contestam-me a honestidade,
Contam todos os meus passos
E escaladas.
Mostradas na calada boca
Que a mim disfarça o desejo,
E contesta o meu sincero pedido de perdão.