PADECE EM MIM UMA FRAÇÃO.
Padece em mim uma fração, que até parece-me desmiolada,
Que pressiona o meu coração, de forma tanto apaixonada,
Pois ela sente o teu perfume, em tudo ou a partir do nada,
Assim eu venho te dizer, que não me deixes mais sofrer,
Por um capricho sem propósito, eu te quero e tu me queres,
Venha ser minha mulher, mas por amor e não por negócios,
Se topares arrume as trouxas, tragas os vestidos e os corpetes,
Que eu quero botar confetes, em muitas destas vestimentas,
Te fazer minha rainha, sem professar as ladainhas,
Que muitos fazem nas vésperas, dentro das quatro paredes,
O amor é nosso enredo, e os orgasmos as nossas festas.
Venha quando estiver pronta, não me faça de amuleto,
Se a vida te desaponta, procure outras muretas,
De onde possa ver o mundo, com um olhar longo e profundo,
Desfazendo o mel amargo, a cobra que te mordeu,
A muito que já morreu, não envenena a mais ninguém,
Porem a sua tutora, digníssima professora, ainda exala o pior,
Pode pegar-te na curva, deixando-a com as vistas turvas,
Sem saber para onde ir, diante de tudo isto,
Não sou nem um Jesus Cristo, mas posso te dar a mão,
E juntos buscarmos saída, para esta droga de vida,
Templo das maldições, onde o gozo dura pouco,
E o desprazer nos deixa loco, ó natureza das contradições.