BELEZA CARIOCA
Disfarçam-se entre as cores
Das retinas da mais mística fantasia.
Entre corcovados de abertos braços ao julgo do mundo.
Iluminado é o sol ao tardar de cada dia...
E, nos escapulários de luas, sóis de auréolas tão indefinidas,
Inspiram-se nos frascos de aromas em meio ao azedume da corja...
Esconde-se e se forja, porém, retratam-se belos sorrisos.
Riscos de gizes nas matizes em negritudes
Retocam o chão em tons de anis, mesclando-se ao rubor.
Insinuam no eco de estilhaços entre picadeiros
Do estardalhado camuflado na tinta que esboça a alforria.
E, a vida grita para sobreviver sob a lona do circo...
Calada e estática... Cativa, reaviva e atenua no coração,
Tecendo a estratégia da prosopopeia de passos nas ladeiras,
Na mira da ira, no gosto da brisa do mar e das lindas sereias...
Das praias entre as copas e cabanas em partos de cócoras
Renascendo em mantras de liturgias nas penhas de voos livres.
Então, eu rio da vida e da sorte,
Enquanto o projétil não me fixar num envelope,
Vou cultuando toda beleza das cortes e áurea nobreza,
Que se intercalam nas pálpebras do mar entre o sul e o norte.
Quero um Rio para respirar aqueles ares de pomares
Que se escondem em meio à rudeza, porém, acolhe a beleza
De se ser um ente reluzente no horizonte da tela viva,
Onde Tel Aviv, já não vivi mais aqui.
Ah! Cristo Redentor, São Jorge e São Sebastião,
Dê-me muita vida para percorrer todas as avenidas do amor,
Da vida e da perdição que no cio circulam entre a luz e a escuridão,
Num ciclo de círculos de gaivotas que voam com louvor
A clamar ao esplendor: - Vinde o bem e me faça refém da lúdica lua
Do teu porvir de maravilhas que se cobrem da exótica emoção.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 28 de fevereiro de 2015.