Sufocado
Eu tenho um canto preso, não tanto ao ponto de calar-me,
Não me refiro ao canto que me agrada, o escuro ao fundo do quarto.
É um canto de dor fincada, sobre o anseio de uma paz perdida,
Ou talvez não encontrada.
Não canto por conta dos males, mas enquanto houver esperanças,
Pensarei em liberdade, não essa que alguns inventaram,
Ao qual mantém-lhes algemados, sobre a cobiça dos desafinados
Que cantam em sentido contrário, pois clamam por algumas notas,
Não estas que formam músicas, mas sim aquelas inóspitas
Tais quais formam exércitos, calando as vozes do mundo, ao
Enforcarem com algumas claves.