TEMPO
(Por Aglaure Martins- Em Instantes)
Não sei o tempo que me resta ou como o tempo me espera, o que sei mesmo é que vivo a mercê do tempo, ele dita as regras, me faz escorregar nos dias, ele quem comanda as horas e me pergunto: Por quê? Por que não sou eu quem dita o tempo?
Acho tão injusto ele se apressar quando eu o quero lânguido...
Acho tão injusto ele ser tão lento quando eu o necessito veloz.
Que tempo é esse que fecha em cinza quando eu precisava de dias azuis?
"Há tempo para todas as coisas"...
Não, eu não preciso de pedras...Elas não me acrescentam, não vou construir castelos com elas.
Quero o tempo permanente da levesa, sim, é disso que preciso: colheita perfumada e colorida.
Tempo não precisa brincar comigo, eu já sou tua serva, mesmo a contragosto.
O tempo me avisa que é tempo de parar , não sei se será mais uma pausa nas minhas idas e vindas, não sei se esse tempo é intermitente ou peremptório, a única coisa que sei é que já escrevi demais, já rabisquei muitos textos que eu teimo em chamar de 'poesias'...
É tempo de aquecer as asas ou de recolhe-las... É tempo de re(voar).
É tempo de dizer adeus ou quem sabe um até breve.
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