Divagações de Uma Criança

Não quero suas verdades; quero seus ensinamentos. Então, por favor, me fale das coisas que eu não sei, suas convicções, suas verdades, podem, e sei que são, serem muito valiosas, mas, peço, não tenta impô-las. Aja como um adulto ensinando uma criança a andar: limpando o caminho, tirando obstáculos, mas não indicando somente o seu caminho, isso, certamente, não me ensinará nada, ao contrário, não me dará confiança quando me deparar com outras possibilidades. Quanto as suas verdades, já disse, são muito valiosas, mas não procuro diamante, procuro somente aprende e apreender tudo o que a vida pode me oferecer; não quero levá-la, nem tê-la, como um tesouro que se admira, mas, que não se pode compartilhá-lo. O valor do diamante, assim como do ouro, e outros mais, não estão no objeto, mas no que lhe atribuem. Mas voltemos ao que dizíamos sobre ensinamento/verdade. Ensina-me a pensar, não a obedecer, ensina-me a ouvir, não somente a falar, ensina-me a andar, não a saltar. Lembre-se, sou uma criança, estou começando a vida, então, não me faça a achá-la sem graça nos primeiros passos. Sei que darei tropeços, sei cometerei erros, sei que cometerei mais erros que acertos, então, é contigo que conto, me ajude nessa caminhada, obrigado.