Cafezinho da vovó
Foi difícil de tomar.
Aquele canecão de fragata
Com café quente e forte
Cheio até a borda
E adoçado igual melado.
Foi de doer os dentes
Mas tomei tudo até o fim.
E antes...
Que pudesse recusar.
O bico da chaleira
Já tinha enchido
Até a borda novamente.
Foi tortura
Que aguou os olhos
Mas não pude fazer desfeita.
Mesmo com a goela em brasas
Tomei tudo de novo.
E depois brinquei...
Perguntando se tinha mais.
A minha vó gritou.
Ainda tem o almoço.