" BEIJAR COM A ALMA"
O explendor da manhã não se colhe com os olhos.
O gorjeio dos passaros não se ouve com o ouvido.
Aprecia-se com o reflexo do rio. A quietude das pedras
mostra muita sabedoria. Beijar com a alma pois aí está
o acalanto e nele a santidade. Assim fico empolgado
com a insignificância das estrelas que se sentem vagalumes.
Fico abobalhado com o verde das folhas das árores
e com a cútis do amanhecer. Que posso fazer se me apego
ao fundo dos rios que guardam os lampejos da trovoada
e os reflexos da lua. Os peixes extasiam-se com os anzois
e as tarrafas confundindo-os com o brilho das auroras
que se vestem de luz.