ACEITO MAS NÃO CONCORDO.

Do leito veio um perfume, das serras bradavam os ventos,

La fora os vaga-lumes, faziam o enfeita mento

Do encontro do por vir, que eu pude pressentir

Pois raiou em minha mente, usavas roupas tão leves,

Que em uma olhada breve, avistei as tuas curvas,

Mas ó destino maldito, meu corpo sentiu-se aflito,

Minhas vistas estiveram turvas, e assim perdi o melhor,

Quando varri o teu ser e não mais pude rever

A região do teu ventre,

Onde a semente germina, nasce menino ou menina,

Desde que feitos pela gente, acendi minhas esperanças,

Desejos e confiança perfazem este meu caminho

Venha para meu encontro, te confesso estou pronto

Como a constar deste pergaminho.

Aceito mas não concordo, com os caprichos da vida,

Que retirou do meu convívio, a pessoa, mas querida,

Me levando ao desengano, um sentimento tirano,

Que me abriu tantas feridas, mas o tempo foi passando,

Os ventos iam e vinham à brisa frasca na face,

A pele arisca e sozinha clamava por um aconchego,

Mas padecia dos medos, da natureza mesquinha,

Até que chegou você, olhou pra mim já piscando,

E me deu a entender, que estava me desejando,

Mas para não me precipitar, esperei tu confirmar,

Que tinhas comigo planos, de posse deste saber,

Já desejoso também, comecei a perceber,

Como me fazias bem, e fomos nos aproximando,

E logo estávamos nos amando, hoje eu sou o teu refém,

Mas me atendes com esmero, botas no amor um tempero,

Que é só teu, e de, mas ninguém.

LUSO POEMAS 17/02/15