POETA ALFORRIADO
Sinta minha presença em tua existência.
Minha mão arrastando as suas,
mostrando os ermos caminhos.
Meus olhos fechados te levando ao paraiso,
enquanto tentas em vão adiar o ocaso.
Corpo moreno, pele branca emaranhados,
cheiros misturados, labios enfim beijados.
No momento,
tu és meu escravo,
sou tua senhora,
obedeça sua dona.
A senzala são meus abraços,
o tronco é meu corpo em chamas.
Venha novamente, esqueça a alforria,
nossas cores já foram mescladas.
Sinta minha presença em tua existência.
Minha mão arrastando as suas,
mostrando os ermos caminhos.
Meus olhos fechados te levando ao paraiso,
enquanto tentas em vão adiar o ocaso.
Corpo moreno, pele branca emaranhados,
cheiros misturados, labios enfim beijados.
No momento,
tu és meu escravo,
sou tua senhora,
obedeça sua dona.
A senzala são meus abraços,
o tronco é meu corpo em chamas.
Venha novamente, esqueça a alforria,
nossas cores já foram mescladas.